O Colégio Copérnico se fundamenta na Concepção Educacional de Jacques Delors que é o expoente teórico da proposta de Educação para o Século XXI da UNESCO.
Essa concepção educacional se ocupa da práxis (teoria e prática) dos quatro pilares da Educação e o quinto pilar "Aprender a Ter" é uma reflexão teórica do Prof. Dr. Claudio Romualdo, mantenedor do Colégio Copérnico".
Esta aprendizagem refere-se à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio lógico, compreensão, dedução,
memória, ou seja, sobre os processos cognitivos por excelência. Contudo, deve existir a preocupação de despertar no estudante, não só estes
processos em si, como o desejo de desenvolvê-los, a vontade de aprender, de querer saber mais e melhor. O ideal será sempre que a educação seja
encarada, não apenas como um meio para um fim, mas também como um fim por si. Esta motivação pode apenas ser despertada por educadores competentes,
sensíveis às necessidades, dificuldades e idiossincrasias dos estudantes, capazes de lhes apresentarem metodologias adequadas, ilustradoras das matérias
em estudos e facilitadoras da retenção e compreensão delas.
Pretende-se despertar em cada aluno a sede de conhecimento, a capacidade de aprender cada vez melhor, ajudando-os a desenvolver
as armas e dispositivos intelectuais e cognitivos que lhes permitam construir as suas próprias opiniões e o seu próprio pensamento crítico.
Em vista a este objetivo, sugere-se o incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do intuitivo, porque, se é importante ensinar
o “espírito” e método científicos ao estudante, não é menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa chegar às suas próprias
conclusões e aventurar-se sozinho pelos domínios do saber e do desconhecido.
Este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os educadores, pois atua no campo das atitudes e valores.
Cai neste campo o combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Se aposta na educação como veículo de paz,
tolerância e compreensão; mas como fazê-lo?
O relatório da UNESCO não oferece receitas, mas avança uma proposta baseada em dois princípios: primeiro a “descoberta progressiva do outro”
pois, sendo o desconhecido a grande fonte de preconceitos, o conhecimento real e profundo da diversidade humana combate diretamente este “desconhecido”.
Depois e sempre, a participação em projetos comuns que surge como veículo preferencial na diluição de atritos e na descoberta de pontos comuns entre povos, pois,
se analisarmos a História Humana, constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a aceitar o semelhante. Hoje em dia os alunos têm que respeitar os professores
como eles são respeitados em casa.
Indissociável do aprender a conhecer, que lhe confere as bases teóricas, o aprender a fazer refere-se essencialmente à
formação técnico-profissional do educando. Consiste essencialmente em aplicar, na prática, os seus conhecimentos teóricos.
Atualmente existe outro ponto essencial a focar nesta aprendizagem, referente à comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba
comunicar. Não apenas reter e transmitir informação, mas também interpretar e selecionar as torrentes de informação, muitas vezes
contraditórias, com que somos bombardeados diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as suas próprias opiniões mediante novos fatos e informações.
Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas. Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de
se trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa:
aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.
Este tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros três. Considera-se que a Educação deve ter como
finalidade o desenvolvimento total do indivíduo “espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade”.
À semelhança do aprender a viver com os outros, fala-se aqui da educação de valores e atitudes, mas já não direcionados para a vida em sociedade em particular,
mas concretamente para o desenvolvimento individual.
Pretende-se formar indivíduos autônomos, intelectualmente ativos e independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e evoluírem
permanentemente, de intervirem de forma consciente e proativa na sociedade.
E, diante da necessidade de reflexão sobre a complexidade do mundo moderno e globalizado, a direção, através do Prof. Claudio Romualdo,
somou-se aos quatro pilares um novo que alicerça os fazeres pedagógicos de nossos educadores.
Essa aprendizagem é uma resposta e contribuição para a reflexão sobre o resultado de uma sociedade competitiva, globalizada e voltada para o consumo. Aprender a ter é conduzir às ideias e ações voltadas para o questionamento do mundo capitalístico e quais significados são atribuídos às coisas, às pessoas, às relações e ao trabalho. Aprender a ter com equidade e solidariedade e com respeito ao outro e ao meio ambiente. Direciona-se, também, a uma aprendizagem de Educação Financeira, para construção de competências e habilidades específicas nessa área.